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Luís Vaz de Camões
Resumo de Os Lusíadas 
 
 
 
Remetido por : Paulo Torquato Tasso
Escrito por :  Celso Pedro Luft
 

CANTO I

Proposição: (estrofes 1 a 3) Intenção do poema: celebrar os feitos lusitanos, navegações e conquistas.

Invocação (estrofes 4 e 5) às ninfas do Tejo (Tágides) para que dêem inspiração.

Dedicatória (estrofes 6 a 18) ao rei D. Sebastião.

Narração: a partir da estrofe 19. Concílio dos deuses sobre a ousada decisão dos portugueses: devem favorecê-los ou impedi-los? Júpiter é favorável; Baco, ferrenhamente contrário; também são a favor Marte e Vênus, esta nos Portugueses vendo a raça latina descendente de seu filho Enéias. Baco, derrotado na assembléia divina, põe em ação a sua hostilidade contra os lusos, procurando impedir que cheguem à sua Índia, e para isto se valendo da gente africana, que lhes arma ciladas.
 

CANTO II

Chegada a Mombaça, onde continuam as hostilidades de Baco na traição dos Mouros: os navegadores seriam sacrificados se acedessem ao pérfido convite do rei para desembarcarem. Vênus, porém, de novo os salva, intercedendo junto a Júpiter. Retrato de Vênus [36. "Os crespos fios d'ouro se esparziam / pelo colo (...)"]. Júpiter profetiza os gloriosos feitos lusíadas no Oriente (44 e ss.) e envia Mercúrio a Melinde, a fim de predispor os naturais desta cidade a bem acolherem os Portugueses, o que se cumpre. O rei de Melinde pede ao Gama lhe narre a história de Portugal.
 

CANTO III

Invocação à musa da eloqüência e da epopéia, Calíope, e logo a narração do Gama ("Entre a Zona que o Cancro senhoreia..."): geografia e história de Portugal (destaque para a batalha de Ourique, a guerra contra os mouros, a batalha do Salado e, sobretudo, o episódio de Inês de Castro "Que depois de ser morta foi Rainha" 118-35).
 

CANTO IV

Prossegue a narração do Gama, com relevo para Nuno Álvares Pereira e as batalhas contra os castelhanos, sobretudo a de Aljubarrota (28. "Deu sinal a trombeta Castelhana, / Horrendo, fero, ingente e temeroso"), as conquistas na África, a batalha de Toro, o reinado de D. Manuel e seu sonho do domínio das Índias, a partida para o Oriente e as famosas imprecações do Velho do Restelo (95. "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça"), 94-104, que em clímax inspirado encerram o canto.
 

CANTO V

Partida da expedição do Gama. A tromba marinha (19-23). Na Ilha de Santa Helena; aventura de Fernão Veloso. O gigante Adamastor (38-60). Conclusão da narração do Gama.
 

CANTO VI

Festas aos Lusos em Melinde e partida da frota para Calecute. Novas insídias de Baco, junto a Netuno, no fundo dos mares. Descrição do reino de Netuno (8-14). Fernão Veloso narra o episódio dos Doze de Inglaterra (42-69) para distrair a monotonia de bordo. Tempestade provocada pelo insidioso Baco (70 e ss.), com nova intervenção de Vênus (85 e ss.), que amaina o furor dos ventos. Chegada a Calecute (92), ação de graças do Gama (93-4) e elogio da verdadeira glória a dos que enfrentam "trabalhos graves e temores", " tempestades e ondas cruas".
 

CANTO VII

Chegada à Índia. Elogio de Portugal pelo Poeta. Descrição da Índia. Encontro com o mouro Monçaide, que descreve a Índia (31-41). Portugueses recebidos pelo regente dos reinos O Catual, o Samorim. Troca de gentilezas e informações. O Poeta novamente invoca as musas (78 e ss.) para, inspirado, prosseguir no canto.
 

CANTO VIII

Paulo da Gama, irmão de Vasco, narra ao Catual a história dos heróis portugueses (Luso, Ulisses, Viriato, Sertório, D. Henrique, Afonso Henriques, Egas Moniz, etc.). Baco insiste na perseguição, instigando em sonhos os chefes dos nativos. Hostilidades, retenção do Gama em terra, que só se liberta a poder de dinheiro (93-6): o poder corruptor do vil metal (96-9).
 

CANTO IX

Retenção de Álvaro e Diogo, portadores da "fazenda", mero pretexto para deterem-se os descobridores europeus. Por fim, libertados, recolhem às naus que preparam a volta à pátria. Vênus resolve premiar os heróis (18 e ss.) com prazeres divinos: a Ilha dos Amores (51-87) e seu simbolismo (88-95).
 

CANTO X

Banquete de Tétis aos Portuguêses, na Ilha dos Amores. Canta uma ninfa profecias de Proteu. Nova invocação do Poeta a Calíope (8-9), que permita condigna conclusão do poema. Relembrança das profecias da Ninfa; glórias futuras de Portugal no Oriente (10-73). Tétis mostra ao Gama a máquina do Mundo, como a viu Ptolomeu (76-142) céus e terras, com destaque para a Ilha de São Tomé (109-19). Partida da Ilha dos Amores e regresso a Portugal. Desalento do Poeta (145. "No mais, Musa, no mais, que a Lira tenho / Destemperada, e a voz enrouquecida") por "cantar a gente surda e endurecida". Fala final a D. Sebastião e conclusão do poema
 


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José Nogueira dos Reis
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Pinhão.Capital do Vinho do Porto

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15:47  |  2002-04-05
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  Actualizado em 2002-03-13 Para comentários, críticas e sugestões 


Fermosa e gentil Dama, quando vejo
a testa de ouro e neve, o lindo aspeito,
a boca graciosa, o riso honesto,
o colo de cristal, o branco peito,
de meu não quero mais que meu desejo,
nem mais de vós que ver tão lindo gesto.
Ali me manifesto
por vosso a Deus e ao mundo; ali me inflamo
nas lágrimas que choro,
e de mim, que vos amo,
em ver que soube amar-vos, me namoro;
e fico por mim só perdido, de arte
que hei ciúmes de mim por vossa parte.

Se porventura vivo descontente
por fraqueza d'esprito, padecendo
a doce pena que entender não sei,
fujo de mim e acolho-me, correndo,
à vossa vista; e fico tão contente
que zombo dos tormentos que passei.
De quem me queixarei
se vós me dais a vida deste jeito
nos males que padeço,
senão de meu sujeito,
que não cabe com bem de tanto preço?
Mas inda isso de mim cuidar não posso,
de estar muito soberbo com ser vosso.

Se, por algum acerto, Amor vos erra
por parte do desejo, cometendo
algum nefando e torpe desatino,
se ainda mais que ver, enfim, pretendo,
fraquezas são do corpo, que é de terra,
mas não do pensamento, que é divino.
Se tão alto imagino
que de vista me perco, peco nisto,
desculpa-me o que vejo;
que se, enfim, resisto
contra tão atrevido e vão desejo,
faço-me forte em vossa vista pura,
e armo-me de vossa fermosura.

Das delicadas sobrancelhas pretas
os arcos com que fere, Amor tomou,
e fez a linda corda dos cabelos;
e porque de vós tudo lhe quadrou,
dos raios desses olhos fez as setas
com que fere quem alça os seus, a vê-los.
Olhos que são tão belos
dão armas de vantagem ao Amor,
com que as almas destrui;
porém, se é grande a dor,
co a alteza do mal a restitui;
e as armas com que mata são de sorte
que ainda lhe ficais devendo a morte.

Lágrimas e suspiros, pensamentos,
quem deles se queixar, fermosa Dama,
mimoso está do mal que por vós sente.
Que maior bem deseja quem vos ama
que estar desabafando seus tormentos,
chorando, imaginando docemente?
Quem vive descontente,
não há-de dar alívio a seu desgosto,
porque se lhe agradeça,
mas com alegre rosto
sofra seus males, para que os mereça;
que quem do mal se queixa, que padece,
fá-lo porque esta glória não conhece.

De modo que, se cai o pensamento
em alguma fraqueza, de contente,
é porque este segredo não conheço;
assi que com razões, não tão sòmente
desculpo ao Amor do meu tormento,
mas ainda a culpa sua lhe agradeço.
Por esta fé mereço
a graça, que esses olhos acompanha,
o bem do doce riso;
mas porém não se ganha
cum paraíso outro paraíso.
E assi, de enleada, a esperança
se satisfaz co bem que não alcança.

Se com razões escuso meu remédio,
sabe, Canção, que porque não vejo,
engano com palavras o desejo

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Produzido por Tinta Invisível - Ultima actualização 26/Jul/96

fa23.jpg

Here I'll describe another picture from my vacation.

Senhora da Piedade.Tenha piedade de nós
imagemsenhora.jpg
Sanfins do Douro


A instabilidade da Fortuna,
os enganos suaves de Amor cego,
(suaves, se duraram longamente),
direi, por dar à vida algum sossego;
que, pois a grave pena me importuna,
importune meu canto a toda a gente.
E se o passado bem co mal presente
me endurece a voz no peito frio,
o grande desvario
dará de minha pena sinal certo,
que um erro em tantos erros é concerto.
E, pois nesta verdade me confio
(se verdade se achar no mal que digo),
saiba o mundo de Amor o desconcerto,
que já co a Razão se fez amigo,
só por não deixar culpa sem castigo.

Já Amor fez leis, sem ter comigo alguma;
já se tornou, de cego, arrazoado,
só por usar comigo sem-razões.
E, se em alguma cousa o tenho errado,
com siso, grande dor não vi nenhuma,
nem ele deu sem erros afeições,
Mas, por usar de suas isenções,
buscou fingidas causas por matar-me;
que, para derrubar-me
no abismo infernal de meu tormento,
não foi soberbo nunca o pensamento,
nem pretende mais alto alevantar-me
daquilo que ele quis; e se ele ordena
que eu pague seu ousado atrevimento,
saiba que o mesmo Amor que me condena
me fez cair na culpa e mais na pena.

Os olhos que eu adoro, aquele dia
que desceram ao baixo pensamento,
n'alma os aposentei suavemente;
pretendendo mais, como avarento,
o coração lhe dei por iguaria,
que a ameu mandado tinha obediente.
Porém como ante si lhe foi presente
que entenderam o fim de meu desejo,
ou por outro despejo,
que a língua descobriu por desvario,
de sede morto estou posto num rio,
onde de meu serviço o fruto vejo;
mas logo se alça se a colhê-lo venho,
e foge-me a água, se beber porfio;
assi que em fome e sede me mantenho;
não tem Tântalo a pena que eu sustenho.

Depois que aquela em quem minh'alma vive
quis alcançar o baixo atrevimento,
debaixo deste engano a alcancei:
a nuvem do contino pensamento
ma afigurou nos braços, e assi a tive,
sonhando o que acordado desejei.
Porque a meu desejo me gabei
de alcançar um bem de tanto preço,
além do que padeço,
atado em uma roda estou penando,
que em mil mudanças me anda rodeando,
onde, se a algum bem subo, logo deço,
e assi ganho e perco a confiança;
e assi me tem atado uma vingança,
como Ixião, tão firme na mudança.

Quando a vista suave e inhumana
meu humano desejo, de atrevido,
cometeu, sem saber o que fazia
(que de sua beleza foi nacido
o cego Moço, que, co a seta insana,
o pecado vingou desta ousadia),
e afora este mal que eu merecia,
me deu outra maneira de tormento:
que nunca o pensamento,
que sempre voa duma a outra parte,
destas entranhas tristes bem se farte,
imaginando sobre o famulento,
quanto mais come, mais está crescendo,
porque de atormentar-me não se aparte;
assi que para a pena estou vivendo,
sou outro novo Tício, e não me entendo.

De vontades alheias, que roubava,
e que enganosamente recolhia
em meu fingido peito, me mantinha.
De maneira o engano lhe fingia,
que depois que a meu mando as sojugava,
com amor as matava, que eu não tinha.
Porém, logo o castigo que convinha
o vingativo Amor me fez sentir,
fazendo-me subir
ao monte da aspereza que em vós vejo,
co pesado penedo do desejo,
que do cume do bem me vai cair;
torno a subi-lo ao desejado assento,
torna a cair-me; embalde, enfim, pelejo.
Não te espantes, Sisifo, deste alento,
que às costas o subi do sofrimento.

Desta arte o sumo bem se me oferece
ao faminto desejo, porque sinta
a perda de perdê-lo mais penosa.
Como o avaro a quem o sonho pinta
achar tesouro grande, onde enriquece
e farta sua sede cobiçosa,
e acordando com fúria pressurosa
vai cavar o lugar onde sonhava,
mas tudo o que buscava
lhe converte em carvão a desventura;
ali sua cobiça mais se apura,
por lhe faltar aquilo que esperava:
desta arte Amor me faz perder o siso.
Porque aqueles que estão na noite escura,
nunca sentirão tanto o triste abiso,
se ignorarem o bem do Paraíso.
Canção, nô mais, que já não sei que digo;
mas porque a dor me seja menos forte,
diga o pregão a causa desta morte.

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Produzido por Tinta Invisível - Ultima actualização 26/Jul/96

Antigo transporte de vinho do Porto
rabelo.jpg
Rio Douro-Pinhão

Era desta forma,melhor, este o transporte utilizado para transportar - do Pinhão, até ao Porto-O Famoso Vinho tratado/Porto/beneficiado.