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Cultura |
José Nogueira dos Reis |
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Santa Eugénia,5070/411 |
Luís Vaz de Camões
A fermosura desta fresca serra
A fermosura desta fresca serra E a sombra dos verdes castanheiros, O manso caminhar destes ribeiros, Donde toda a tristeza se desterra;
O rouco som do mar, a estranha terra, O esconder do sol pelos outeiros, O recolher dos gados derradeiros, Das nuvens pelo ar a branda guerra;
Enfim, tudo o que a rara Natureza Com tanta variedade nos of'rece, Me está, senão te vejo, magoando.
Sem ti, tudo me enjoa e me aborrece; Sem ti, perpetuamente estou passando Nas mores alegrias mor tristeza. |
Remetente : Paulo Torquato Tasso
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Luís Vaz de Camões
Alegres campos, verdes arvoredos
Alegres campos, verdes arvoredos, Claras e frescas águas de cristal, Que em vós os debuxais ao natural, Discorrendo da altura dos rochedos;
Silvestres montes, ásperos penedos, Compostos em concerto desigual: Sabei que, sem licença de meu mal, Já não podeis fazer meus olhos ledos.
E, pois me já não vedes como vistes, Não me alegrem verduras deleitosas Nem águas que correndo alegres vêm.
Semearei em vós lembranças tristes, Renegando-vos com lágrimas saudosas, E nascerão saudades de meu bem. |
Remetente : Paulo Torquato Tasso
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